The End:Capitulo 3

Nádia

O estado em que a minha irmã se encontrava fez-me pensar no pior...Parecia desesperada.

“Tati, o que se passa?-Pergunto aproximando-me lentamente dela, mas ela nada responde apenas tapou a cabeça com as mãos e continuo a chorar, soluçava e por fim tentou dizer algo, mas em vão, respiro fundo antes de perguntar, tenho a certeza que foi o Rodrigo-O que ele te fez desta vez?-Pergunto irritada, ela levanta-se num ápice e põem-se de costas para mim-O que essa filho da mãe te fez?

-Nada!-Diz entre soluços-Eu é que fiz tudo mal.

-O que fizeste?-Pergunto preocupada.

-Eu...eu...sabes que mais?Esqueçe!-E sem dar tempo para responde,ela vai para o          quarto e tranca-se.”

Ela não me convence com a história do “eu é que fiz tudo mal”, eu sei que se passa alguma coisa e o culpado é o Rodrigo, amanhã eu vou falar com ele.

Acordo  por volta das 8:00h e despacho-me o mais rapido que consigo.

A minha irmã ainda não tinha saído do quarto sei isso porque ela prepara sempre o pequeno-almoço e hoje ainda nada estava feito.Bato à porta do seu quarto mas ela não a abre, bato novamente e nada.O que se passará?

-Tatiana?Abre a porta, por favor!-Peço-lhe,mas nada...ela parecia que não estava lá...E agora?O que faço?Nesse momento oiço a campanhia a tocar.É isso mesmo o Guilherme!

“-Ainda bem que chegas-te!

  -O que se passa?-Pergunta preocupado.

  -Preciso que arrombes a porta do quarto da minha irmã.-Digo ele ficou sério e depois começou a rir-se.

 -´Tás a gozar?

 -Podes fazer isso ou vou ter de pedir a outra pessoa?-E agora ele já tinha percebido que eu estava a falar a sério.”

Então depois de algumas tentativas ele conseguiu a abrir.

“-Tatiana?Tatiana?-Ela estava deitada no chão com uma caixa de comprimidos a seu lado.-Chama a m***a da ambulância-Peço a Guilherme que estava encostado à porta em choque.”

Passado pouco mais de 3 minutos os bombeiros chegaram e levaram a minha irmã para o hospital.

Tatiana

Sentia-me perdida e longe de tudo.Eu só queria estar sozinha para pensar e nem a minha irmã e o Rodrigo pareciam me querer deixar fazer isso.

Tinha 10 chamadas e 14 mensagens dele:

“Atende a porcaria do telemóvel”-Dizia a última, nestes momento não conseguia falar com ninguém...

Tudo na minha neste momento parecia oco sem nenhuma razão para viver, tudo o que tinha era este bebe, mas se não vou ter ninguém para me apoiar porque eu iriei o deixa-lo sofrer?E  no meio disso tudo porque razão eu irei viver depois disso?

Começei a lembrar-me de momentos com o Rodrigo quando ele dizia que queria ficar comigo para sempre...Afinal não era assim...Lágrimas caem-me pela cara, eu sei que qualquer decisão que irei ter, alguma parte de mim irá morrer...

Então eu tomei a decisão mais errada de sempre...

Procurei dentro da minha gaveta uns comprimidos e sem pensar duas vezes tomei-os...

Passado uns minutos começei-me a sentir-me fraca demais e sem ar...Então só me lembro de perder as forças e cair...